Consórcio: saiba como fugir de fraudes e golpes

O consórcio é uma ótima alternativa para conseguir o crédito necessário para realizar um sonho, seja ele a compra de um imóvel próprio, a compra de um veículo, aplicação de prótese entre várias outras modalidades onde se é possível fazer um consórcio.

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Infelizmente, porém, há empresas que atuam de forma fraudulenta, aplicando golpes em seus clientes. Muitas vezes, empresas que nem ao menos possuem a autorização do Banco Central para funcionar.

Em outros casos, porém, trata-se de conversa fiada de vendedor para conseguir ganhar a comissão no fim do mês. Seja qual for o caso, nós vamos te alertar sobre como conseguir identificar os golpes no consórcio e quais são as formas legais de participar de um grupo. Vamos lá?

Para saber identificar os golpes e fraudes de consórcio, é preciso, antes de tudo, entender como ele funciona.

 

Como funciona o Consórcio?

O consórcio é uma das formas de se conseguir crédito quando você não tem o dinheiro total para aquisição de um bem. Você pode fazer um consórcio de imóvel, um consórcio de carros, até mesmo um consórcio para cirurgia plástica. São várias as modalidades e todas elas funcionam da seguinte maneira: Primeiro você precisa identificar qual o valor que você precisa. Esse valor é chamado de carta de crédito. Se você precisa de uma carta de crédito de R$50.000, significa que quando for contemplado, vai poder adquirir o bem neste valor.

Para entrar em um grupo, você não precisa dar um valor de entrada. Ao pagar a primeira parcela da prestação, você já entra no grupo e começa a participar de sorteios e lances, que são as duas formas de conseguir ser contemplado e receber a sua carta de crédito para adquirir seu bem.

A grande vantagem do consórcio é a ausência de taxa de juros e a possibilidade de arcar com parcelas que cabem no seu bolso.

Justamente por isso, essa modalidade de crédito tem sido aceita por públicos que não tem pressa para aquisição do bem, uma vez que leva anos para que um participante seja contemplado.

Todo consórcio possui uma empresa organizadora, que administra todo o processo. Essa administradora é regulamentada pelo Banco Central e cobra uma taxa chamada de taxa administrativa. Essa taxa já é diluída nas parcelas e geralmente é bem inferior às taxas de juros aplicadas.

 

Como não cair em fraudes em um consórcio?

Pois bem, agora que você entendeu como funciona esta modalidade de crédito, vamos aos fatos: Sim, é possível haver fraudes no consórcio. E geralmente isso acontece de três formas:

·         Má fé de vendedores

·         Golpes de empresas fictícias

·         Administradoras Ilegais – não regulamentadas pelo Banco Central

O golpe mais conhecido e popular do consórcio é o Golpe da Carta Premiada. Digamos que você foi contemplado e não quer mais receber a sua carta de crédito, mas sim vende-la. Embora a prática não seja indicada pelas administradoras do consórcio, alguns participantes realizam com o objetivo de lucrar com isso.  Pois ao vender uma carta de crédito para alguém, o participante recebe o valor em dinheiro e sai do grupo. Ao contrário do contratante, que teria que continuar no grupo arcando com as parcelas e utilizando a carta de crédito somente para a proposta inicial, que poderia ser com a finalidade de aquisição de imóvel, por exemplo.

A questão é que, às vezes, essa carta de crédito pode não ser verdadeira. Mas a proposta parece tão irrecusável, que você acaba pagando o valor. E quando vê, não existe grupo algum.

Nada te impede de comprar uma carta de crédito contemplada, uma vez que você confirme se aquela carta é verdadeira. Para isso, entre em contato direto com a administradora do consórcio. Pesquise o telefone na internet, não pegue o contato com o vendedor. Ao ligar, pergunte se a carta é verdadeira e pergunte, também, se a cota do participante que quer te vender a carta já foi contemplada.

É imprescindível que pesquise e constate que a administradora do consórcio é autorizada pelo Banco Central, caso contrário, será uma administradora ilegal. E você não quer entrar nessa, não é mesmo?

Analise a reputação da administradora. O próprio site do Reclame Aqui! é uma boa fonte.

Lembre-se que para transferir a carta de crédito, a administradora irá cobrar uma taxa. Antecipe-se e avalie o valor dessa taxa, para comprovar que de fato trata-se de um bom negócio.

Duvide, sempre, de anúncios que prometem demais. Nada é de graça.

E, claro, leia atentamente ao contrato e esteja por dentro de todas as condições daquele consórcio, de modo que você saiba exatamente quais são as regras para aquela carta.

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